domingo, 6 de julho de 2008

O Jeje Mahi em Fase de Resgate Cultural

A nação Jeje Mahi tem sido na última década objeto de resgate cultural, entendido o candomblé como um conjunto de tradições, portanto uma cultura tradicional, diferentemente da Umbanda que é uma cultura popular e sofre rápidas e enormes aculturações. Acontece que muitos pesquisadores no afã de obter e divulgar as informações, sem um breve e bom conhecimento do que é uma cultura, em termos antropológicos, não conseguem captar as informações primordiais: A localidade e a formação étnica de origem desta cultura mahi no continente africano, e acabam por propagar termos e difundir ações de etnias paralelas aos mahis, que lhes influi, mas não lhes dão ênfase. Temos todos que primeiramente compreender que o Mahi vem do Gbe, um território cultural situado entre fons, ewes e awön yorùbá (Iorubás), uma região de sustento econômico para as etnias a seu derredor e onde vivem os nagôs. Jamais poderemos compreder voduns do Mina Jeje no Brasil como voduns mahis, existem voduns oriundos da Costa da Mina que são agregados em casa de Mahi, assim como no Mina existem voduns mahis agregados, o que acontece também com os awön òrisà (orixás), há os propriamente oriundos do gbe, englobados pela cultura mahi e os que não são do gbe e podem ser agregados em uma casa mahi, isto acontece no Brasil com a Casa de Nagô e o Nagô Vodum, formação que tende muito as tradições nagôs.

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