No princípio da existência do mundo, tudo estava desordenado; as estações do ano; co-existiam noite e dia; frio e calor; e assim sucessivamente. Foi então que Legba que era incumbido de abrir os olhos de seu irmão Gbadù (Fá) todos os dias, notificou a Mawu, a grande mãe, de tudo que estava ocorrendo no mundo, e solicitou que Mawu enviasse seu irmão Gbadù para resolver toda essa desordem que estava acontecendo no mundo, porém, sua mãe disse-lhe que ele não poderia ir, pois tinha procriado no céu, quando teriam nascido Minona e mais duas filhas, e também Aovi, Abi, Dùwo, Kiti, Agonukwé e Zose, que eram do sexo masculino. Após Legba insistir muito, Mawu decidiu que o que poderia fazer era levar a palavra de Gbadù através de três de seus filhos, Dùwo, kiti e Zose, para que o mundo começasse a se reorganizar, mas que Legba fosse o intermediário nesta palavra e continuasse comunicando tudo à sua mãe.
Mawu disse a Legba que antes da ida das crianças ao mundo, seriam orientadas sobre o que deveriam ensinar, cada uma, aos homens, fazendo-os saber qual dos dezesseis olhos de Gbadù teriam sidos abertos no dia em que nasceram, revelando seu kpoli (destino) de acordo com as posições de caída dos ikins, e à partir daí, seria dada toda devida recomendação e sob os olhos de Legba. E assim ficou decidido. Após um período de avaliação e de proveitoso aprendizado dos homens com as três crianças, Mawu resolveu enviar também os outros filhos de Fá, para que também ensinassem aos homens outros métodos para se buscar a devida orientação; assim Aovi ensinou-lhes a manipulação do vi (Obi Abata), e assim sucessivamente.
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