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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Jaca


Artocarpus heterophyllus, Lam.

Fruto muito nutritivo oriundo da Índia e de Bangladesh, sua árvore é a Jaqueira, ou Pé-de-jaca, como é mais conhecida no Brasil.

Foi introduzida na África e nas Américas pelo branco, por isso é denominada pelos Adjás do Mono no Benim de Yovozin, ao passo que por esse nome os fons denominam a laranja, também introduzida pelo branco.

Os hulas denominam a jaca de Kubé (Cubê em português), ao passo que em Gana Kubé é a denominação do coco-da-bahia em língua twi.

A Jaca-dura, ou Jaca-pau, um tipo mais consistente de Jaca, é utilizada no Candomblé em substituição a um mogno africano para realização de preceitos de certas divindades como Azonsu e Ewa dos Modubis, e da yami progenitora de Oxóssi pelos nagôs, tornando-se um interdito comer de seus frutos aos filhos deste orixá.

Os frutos, as folhas e as raízes da Jaqueira possuem propriedades medicamentosas e o fruto é muito apreciado no Brasil, onde também possui aplicações na culinária.




sexta-feira, 17 de novembro de 2023

O Fruto da Cola.

A noz de cola é a semente de certas espécies de plantas do gênero Cola , colocadas anteriormente na família do cacau: Sterculiaceae e agora geralmente incluídas na família da malva: Malvaceae (como subfamília Sterculioideae ). Estas espécies de cola são árvores nativas das florestas tropicais da África . Suas sementes contendo cafeína têm cerca de 5 centímetros (2,0 pol.) De diâmetro e são usadas como ingredientes aromatizantes em bebidas aplicadas a vários refrigerantes carbonatados , dos quais se origina o nome cola.  

A propagação da noz de cola no Norte de África parece estar ligada à propagação do Islão no Norte de África durante o século XVII, à medida que o comércio através do Mediterrâneo se tornou mais concreto. A noz de cola era particularmente útil nos navios negreiros para melhorar o sabor da água, já que os africanos escravizados muitas vezes recebiam água de má qualidade para beber. Um viajante francês chamado Chevalier Des Marchais, que viajou para a África Ocidental no final da década de 1720, observou que a noz fazia com que as "coisas mais amargas e mais azedas tivessem um sabor doce depois dela". Essas alterações doces são atribuídas às substâncias químicas que a noz adiciona ao paladar ou à grande quantidade de cafeína.

As nozes de cola foram usadas como ingrediente na Coca-Cola e na Pepsi-Cola em 1886 e 1888, respectivamente. As nozes de cola são uma parte importante da prática espiritual, cultura e religião tradicionais na África Ocidental, particularmente no Níger , na Nigéria , na Serra Leoa , na República Democrática do Congo e na Libéria. (Wikipédia).

Os frutos da Cola, especialmente o obi (vi; avi) também possuem aplicações medicinais,  dentre elas: são estimulantes do sistema nervoso por conterem cafeína; e antitussigenos, quando ralados ou moídos e ingeridos com mel, contém teobromina.

 


 

 

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Yinsinkin

Momordica spp. Planta de origem asiática, que veio para as Américas através da África. Comumente conhecida como Iphunzu; Yinsinkin para os fons. Esta Cucurbitaceae é muito conhecida no Brasil pelo nome popular de Melão-de-São Caetano. A decocção de suas folhas serve para produção de uma infusão para tratar diabetes com eficácia, prevenindo problemas cardíacos e circulatórios; regula o colesterol; seu fruto é carminativo, adstringente e  utilizado como alimento.

Ritualisticamente é utilizada em banhos para afastar os maus espíritos; bebida para eliminar males físicos de fundo espiritual; adornando ao redor do pescoço de chefes do Vodum na realização de eventos públicos com a intenção de afastar a má sorte; utilizada para assegurar a vida da criança que veio ao mundo; etc, contudo se for usada de forma inadequada, esta planta poderá acarretar má sorte.

No Brasil é consagrada ao orixá Xangô pelos nagôs e é um dos componentes do Banho de Abô, observando que ábò como palavra iorubá é uma referência a todas as ervas medicinais e ritualísticas.








domingo, 13 de agosto de 2023

Tegbessu e outras no JAREM em Aladá.

Quase ameaçada de extinção devido ao desmatamento a Tegbessu, planta ritualística e medicinal, encontra-se protegida em Aladá, BENIM, junto a outras plantas com incríveis poderes de cura de doenças  encontradas nas mesmas condições.

Estão abrigadas no Jardim Refúgio das Espécies Medicinais Ameaçadas, o JAREM.

"Se há um continente no mundo que mais perdeu o conhecimento antigo da medicina tradicional, é sem dúvida a África negra. E, no entanto, isso não deveria ter acontecido. Para além da degradação do ambiente em vários locais do continente, a perda do saber endógeno por não transmissão e conservação é o maior perigo que ameaça o futuro das espécies medicinais que há muito constituem a única farmácia das populações africanas. E isso por milênios…

“Um velho que morre na África é uma biblioteca que queima”. Esta é, infelizmente, a constatação no campo do uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, o desenvolvimento e modernização, a destruição de florestas em benefício de fazendas e, por extensão, de espécies medicinais exercem uma enorme pressão sobre a biodiversidade. Diante desse quadro medíocre devido à falta de apego dos jovens ao negócio da conservação vegetal, deve-se remediar através da criação de um refúgio para essas plantas para sua proteção. E assim, podemos promover o surgimento do empreendedorismo feminino no campo da proteção e conservação de plantas medicinais ameaçadas de extinção, que é uma Capital para o Futuro. Assim nasceu o JARDIM REFÚGIO DE ESPÉCIES MEDICINAIS AMEAÇADAS Projeto “JaREM”, um departamento de Energia Verde e Comércio Geral.

A Green Power and General Trade tem dentro de si a criação de um Jardim Botânico de espécies vegetais ameaçadas de extinção, com o objetivo de Recriar Paisagens Perdidas para reduzir as ameaças às florestas naturais do nosso país. Pretende-se enquadrar a conservação das plantas ameaçadas de extinção, a promoção das plantas medicinais e a popularização do uso de plantas medicinais e por fim a criação de emprego em benefício dos jovens. Também atenderá às necessidades de saúde da comunidade e à proteção do meio ambiente. A sua vocação é a produção, conservação e valorização de espécies vegetais em vias de extinção através da criação do jardim “Refúgio Vegetal”. Atua na área de desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas (tecnologias ambientais) e agroalimentar. A resolução do problema do desaparecimento de plantas reside no desenvolvimento e proteção do meio ambiente para um modo de vida saudável para a população por meio do manejo sustentável dos recursos naturais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 e 15 .

Quatro (04) atividades apoiam a sustentabilidade do Poder Verde e do Comercial Geral.

O primeiro setor de atividade é essencialmente a produção de espécies vegetais ameaçadas de extinção denominada Jardim Refúgio para Espécies Medicinais Ameaçadas de Extinção (“Jardin Refuge des Plantes”).

De 2017 a 2022, mais de 30.000 plantas de 15 espécies diferentes "Reign over health" que trata da transformação de plantas em produtos acabados (Segredo do Papai, Palu VÔ, Dâh-Han ''licor terapêutico'', Fire whisky, Liberation ' 'o mel que ressuscita seu fígado'') foram produzidos."

In: https://www.afriquedestinations.com/en/society-environment-discovering-refuge-garden-endangered-medicinal-species-jarem-allada-benin (Em 12/08/2023)


 

Siga o link e conheça as espécies ameaçadas e seus usos medicinais:

https://www.afriquedestinations.com/en/society-environment-discovering-refuge-garden-endangered-medicinal-species-jarem-allada-benin

sábado, 12 de agosto de 2023

O Poder de Tògbé Tsali.

Tògbé Tsali pertencia ao clã real Tsiame. Viveu no período do 11º reinado dos Adja-Ewe em Notsé, do Rei Agòkòli, que era tido como um homem muito mau. Foi nesse período que ocorreu um grande êxodo em Notsé incluindo o de Tògbé Tsali, um grande feiticeiro.

Tògbé Tsali  tinha poderes mágicos, e era conhecido por isso, graças a esses seus poderes sobrenaturais se transformou em um espírito que saiu voando procurando um novo local para que seu povo pudesse habitar e onde seria a 'Ewelândia', todos os ewes poderiam habitar por lá. As pessoas temerosas em conviver com o malévolo rei, não pensaram duas vezes, assim que Tògbé Tsali avistou um local, seguiram em fuga com ele.

Tògbé Tsali aconselhou o povo retirante a saírem andando de costas da cidade durante a noite para confundir os guardas do rei, e outras técnicas mais cujo objetivo seria enganar os perseguidores. Assim aconteceu pela manhã do dia seguinte, os guardas saíram à procura dos fugitivos e não puderam definir para o rei que rumo tomaram.

Na Ewelândia o povo se estabeleceu, cada família com sua terra, podiam cultivar e caçar e Tògbé Tsali também. Em seu grande pedaço de terra ele podia plantar e vender para o povo os seus produtos, e povo adquiria cada vez mais, pois somente chovia na terra de Tògbé Tsali, enquanto a falta de chuva rondava a vizinhança, o que despertou o ódio de muita gente, pois desconfiavam que detentor de fortes poderes, os teria usado para se beneficiar em detrimento dos outros.
 
O povo se reuniu para discutir o assunto, então eles o capturaram, o mataram e  o enterraram, mas ele foi visto três dias depois em sua casa e trabalhando em sua roça para o espanto de todos. Mais tarde ele foi capturado novamente e desta vez eles dividiram seu corpo em dois, amarraram os pedaços à uma pedra e jogaram no meio de um rio. Pronto! Fim do feiticeiro! Mas que nada... Tògbé Tsali foi visto cavalgando nas costas de um crocodilo e dizendo para os seus algozes que ninguém nascido de mulher conseguiria matá-lo. Tògbé Tsali passou desde então, a ser respeitado e venerado pelo povo que lhe ergueu dois templos em seu nome, que até hoje existem na região do Volta, conforme ele pediu quando ele estava prestes a morrer, mas de velhice, para que pudessem invocá-lo quando precisassem de ajuda.


quinta-feira, 10 de agosto de 2023

O Festival de Togbui Agni.

Além das libações realizadas ao grande ancestral de Adjá-Tadô o "Rei da Terra" sai por ocasião da festa da colheita do inhame do Médio Mono, ao sudeste de Notsé, Togo.
O festival é a ocasião para essa solene homenagem ao "Rei da terra". Celebrado em Tadô, dá origem a cerimónias tradicionais de cura de doenças, de agradecimento aos antepassados ​​e de agradecimento à mãe terra que proporcionou a colheita. Oferendas também são feitas às divindades para pedir novas colheitas abundantes para o ano e implorar bênçãos para as populações. É também uma festa de reencontro da diáspora Adjá-Tadô que chega ali para reverenciar o grande antepassado.

O nome Tado emana de 'Atawoade', que significa contornar doenças. Este festival é celebrado todo segundo sábado de agosto em Tadô.

🙏🙏🙏

 


sexta-feira, 14 de julho de 2023

Nyikpontin Vovo

 O Pinhão Roxo, Jatropha gossypiifolia, L., é mais conhecido como Botujè Pupa pelos nagôs. Possui propriedades medicamentosas de uso externo e interno, porém, é muito tóxico, por isso as concentrações são bem moderadas e não deve ter seu uso oral por gestantes. É uma das folhas utilizadas em um dos preceitos para livrar aquele que está doente devido a um "trabalho feito" de magia de Baixo Astral. 

O Nyikpontin Vovo quando é plantado na porta, ou no portão de casa ajuda a afastar os maus espíritos, também é utilizado na forma de infusões com outros itens em banhos para descarrego.



terça-feira, 11 de julho de 2023

Adjikuntin

O  nome da árvore Adjikuntin para Guilandina bonduc L. é em Fon, Gun and Mahi, Igi Ayö (igui ayó - Árvore da Felicidade) é o nome dado pelos nagôs, e o nome Adikuichi é dado pelos Adjás. É uma planta de uso agrícola para a manutenção do solo e para o desenvolvimento de certas culturas e de uso medicinal. Suas folhas (adjikunman) tratam problemas de memória, cólicas menstruais, e disfunções de ordem sexual; partes da raiz é utilizada para tratar doenças da próstata; as sementes (adjikun) fornecem atividade contra a malária, reduzem o açúcar no sangue controlando o diabetes, além de serem utilizadas para se jogar o awalé (awalê) que é um jogo muito comum no Benim, daí o nome Nagô "Árvore da Felicidade", que pode ser feito utilizando-se além delas, uma caixinha de uma dúzia de ovos. Essas sementes também são utilizadas na confecção de colares e no artesanato.




terça-feira, 4 de julho de 2023

Ayomassa

Ayomassa é conhecida pelos nagôs como Alubassa, é um alimento rico em flavonóides e Fósforo, utilizado em saladas e como tempero principalmente. A Cebola serve para jogo dentro do culto em algumas práticas e entra no preparo de diversos alimentos que são servidos dentro da religiosidade, exceto os alimentos oferecidos ao vodum Dã, pois lhe é um interdito. 



Gogozunkwin

As folhas de Gogozunkwin Ricinus communis, L.,  Possuem muitas aplicações terapêuticas, dentre elas o chá morno para banhar a hemorróida externa. O óleo da Mamona (Carrapato) é muito tóxico e possui um poder purgativo muito forte, razão de ser utilizado em pequenas quantidades; aplicação na fabricação de sabões e detergentes, líquidos para uso automotivo, aplicação pecuária e agrícola, aplicação no fábrico de resinas e tintas, etc.

Essas folhas possuem a função de prato algumas vezes, para conter os alimentos, ou para acondicioná-los sem que os mesmos estragem ao longo de muitas horas.



Receitinha Para Quem Quer Conseguir Uma Boa Companhia.

Para quem está se sentindo sozinho (a) e quer uma oportunidade de conseguir uma boa companhia, parceiro (a), marido ou esposa, aqui vai uma receitinha simples, mas de efeito imediato, você pode conferir. Mas é importante lembrar que a escolha é sua, e tudo depende de você, a "receitinha" só vai te tornar um pouco mais interessante, mesmo para quem você nunca viu antes, e assim surge uma boa oportunidade.

 

Material:

1 molho (pequeno amarrado encontrado nos hortifrutigranjeiros) de Kumassa (Cebolinha; as folhas da cebola) e outro de Crincrin (Salsa).

1 colher de sopa de mel de abelhas puro (não serve glicose de milho).

1 pedaço de sabão de coco, ou um sabão em pedra neutro, tipo base neutra sólida.


Preparação:

Retire os amarrados dos molhos e lave bem as folhas, logo em seguida, ainda úmidos soque -os bem com um socador tipo de alhos, mas sem odor de alho. Depois das folhas estarem bem amassadas, recolha o sumo e coe.

Fatie o sabão bem fino e ponha em uma panela no fogo para derreter, depois de derretido apague ou retire do fogo com cuidado. Acrescente o mel, mexa bem com o auxílio de uma colher e por último acrescente 1 colher do sumo que você coou continuando a mexer com cuidado.

Coloque para resfriar, use uma forminha metálica para isso, quando estiver frio, desenforme.

Ponha esse sabão ao tempo na virada para o primeiro dia de lua nova e nesse dia comece a usá-lo diariamente em seus banhos da cabeça aos pés até que termine, mesmo que já esteja conseguindo uma boa parceria.

Obs.  Durante o uso desse sabão não coma Salsa, Cebolinha (cuidado com os salgadinhos) e mel. Só depois que terminar o uso do sabão.

Depois desse banho tudo muda, você vai ver.

Elatchè! (Boa sorte!)



segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Folha Togbe.

 

O mentrasto, Ageratum conyzoides L., é utilizado no tratamento de dores articulares, artrose, e também das cólicas menstruais. É utilizado para tratar infecção urinária e seu uso externo possui o mesmo emprego da Arnica Montana, chegando a ser por muitos denominado Arnica da Montanha, mas a Arnica Montana é outra planta. Alguns denominam o Mentrasto de Erva de São João, porém a Erva de São João verdadeira, é outra planta de flores amarelas e possui outros empregos tanto litúrgicos, como medicinais.

O Mentrasto (Togbe) possui um emprego litúrgico muito importante dentro da prática dos cultos aos voduns.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Omolokun, o Oore de Otun.

 

"Oore de Otun"


"A tradição diz que o Oore emergiu do Okun Moba (Mar de Moba) em Lagos com uma cabaça contendo água na mão, contas em volta do pescoço e uma coroa de contas na cabeça. Oore, também conhecido como Omolokun, não tinha pai nem mãe terrenos conhecidos.

Oore, havia se estabelecido em lugares diferentes em épocas diferentes, começando em Moba, perto de Mushin, em Lagos. Alguns dos lugares pelos quais passaram depois de Ile-lfe incluem Akure, Oke Olodun e lpole antes de se mudarem para o local atual, Odo Ira, há mais de 400 anos. Oore/Omolokun em um momento ou outro esteve em IIe-Ife e teve um relacionamento muito forte com Oduduwa, o progenitor dos Yorubas. O Oore era formalmente conhecido e referido como Omolokun. O Oore também existia durante os períodos itinerantes quando as pessoas migravam de um lugar para outro.

A relação entre Oore e Oduduwa foi muito especial e em um momento durante sua estada em IIe-Ife, Oduduwa misteriosamente ficou cego e os esforços para restaurar sua visão foram abortivos. Oore e Oduduwa viveram ao mesmo tempo em Ile-Ife. No entanto, houve um período em que Oduduwa ficou cego e todos os esforços para ressuscitar sua visão se mostraram muito difíceis e abortivos. Foi Omolokun, agora Oore, que consultou o Oráculo de Ifa em nome de Oduduwa e disse que, a menos que eles buscassem água no oceano para preparar certas coisas, a visão de Oduduwa não seria restaurada.

Oduduwa chamou todos os seus filhos e queria saber quem se voluntariaria para ir buscar a água do oceano e como a história conta, um dos filhos mais novos de Oduduwa, Ajibogun, ofereceu-se para ir buscar a água. E quando ele foi, demorou muito para voltar. Então, todos, incluindo Oduduwa, pensaram que Ajibogun havia morrido.

Neste ponto, quando todos os outros filhos de Oduduwa perceberam que seu pai estava envelhecendo; eles decidiram ter sua própria herança e migraram para formar seus próprios reinos. Durante esses períodos, Oore continuou garantindo a Oduduwa que Ajibogun retornaria com segurança. Antes do retorno de Ajibogun para Ife, todos os outros filhos de Oduduwa haviam deixado o local, sempre que esses filhos saíssem de Ilê Ifé, sempre que chegassem onde deveriam se estabelecer, eles enviariam uma mensagem de volta para casa indicando onde se estabeleceram.

Oore estava sempre com Oduduwa. Então Oore sabia onde cada filho de Oduduwa se estabeleceu. E quando Ajibogun voltou com a água, foi o Oore quem fez todos os rituais necessários, e Oduduwa recuperou a visão. Oore pegou parte da água trazida de Okun Moba para lavar os olhos de Oduduwa antes que sua visão fosse restaurada. Essa façanha realizada por Oore o tornou querido por Oduduwa na medida em que ele o chamou de "Oloore mi" (que significa meu benfeitor). Foi assim que Oore derivou seu nome.

Foi neste ponto que Oduduwa começou a chamar Oore de meu benfeitor (Oloremi). Oloremi é o nome completo de Oore. Esse era o nível de proximidade entre Oore e Oduduwa nos tempos antigos. Foi depois que Oduduwa recuperou a visão que Oore decidiu deixá-lo, e com Oduduwa exigindo uma promessa de Oore de que sempre que Oduduwa precisasse de Oore, Oore deveria encontrar tempo para vir até ele. Oore foi a última pessoa a deixar Ilê Ifé.

Desde então, Oore é a única pessoa legítima autorizada pela tradição a anunciar a passagem de qualquer Ooni de Ife. Então, quando Oduduwa faleceu, Oore foi a primeira pessoa que eles enviaram e Oore teve que voltar para Ilê Ifé e informar todos os filhos de Oduduwa sobre a passagem de seu pai. Essa era a situação e foi onde a história foi estabelecida que sempre que um Ooni em Ilê Ifé falece, é o Oore que tem o direito de saber sobre tal morte antes de qualquer outra pessoa. Além disso, antes que um novo Ooni possa ser instalado, certos ritos tradicionais devem ser realizados para invocar o espírito de quatro (4) Obas muito antigos na Iorubalândia. O Oore é um deles."

In: https://oloolutof.wordpress.com/2020/09/07/the-brief-history-of-oore-of-otun/  (12/06/2023)


Esta lenda nos esclarece por que razão o tão conhecido prato de Oxum, denominado omolocum, que nada mais é que um abobó, que é feito à base de feijões brancos de olho preto (fradinho) e temperado com camarões secos descascados e outros temperos, é enfeitado com quatro ovos cozidos e descascados, o ovo representa o início, os quatro reis.

Uma outra explicação é a do Oore Omolokun produzindo a cura da cegueira, e fazemos o omolocum muitas vezes para curar uma cegueira mental e oferecemos à Oxum que possui a capacidade de prever, ver e curar essa cegueira. Essa situação pode até ser causada por algum trabalho feito para a pessoa, conforme conta um kpoli nós versos do qual Oxum perseguida por adjés (feiticeiras que se transformam e pássaros) é orientada a cozinhar ovos e preparar omolocum para comer amedrontando estas adjés, situação que faz muitas das casas de candomblé alterarem o número de ovos e por conseguinte sua tradição, mas é importante lembrar que o kpoli (odu, du) relaciona coisas em números próprios e não de sequência de caída que muitas vezes muda conforme o jogo e a nação.



domingo, 4 de junho de 2023

Olho-de-Cabra

As sementes de Olho-de-cabra, ou Semente-do-rosário, também são utilizadas na Índia por ocasião do Lakshmi Puja, junto com os búzios amarelos e outros itens, e nos cultos afro-brasileiros estas sementes são utilizadas em assentamentos, em rosários de cura, de pretos-velhos, como o mesmo sentido, o de atrair boa saúde, cura de doenças e prosperidade. 

Devemos ter cautela com o manuseamento e acondicionamento destas sementes e dos objetivo onde estão inseridas, lavar bem as mãos depois de manuseá-las, com água e sabão, é muito importante. Qualquer descuido pode ser fatal. São trinta vezes mais tóxicas que a Ricina. Já existem casos de intoxicação e estudos sobre o efeito tóxico da semente.

Olho-de-cabra



sexta-feira, 12 de maio de 2023

Pra Quem Quer Perder Peso.

Não é fácil não, mas não é impossível, basta adicionar uma colher de chá de Cola nítida em pó na sua principal refeição do dia, todos dos dias. Você pode encontrar a Noz de Cola em pó em ervanários, lojas de produtos naturais físicas ou online. Só não exceda com o uso do  produto, porque é estimulante como o café. Seu desejo de comer mais, de repetir o prato que acabou de comer, vai passar.



 


quinta-feira, 11 de maio de 2023

Atassi

O Atassi, é um delicioso prato meio apimentado, ele é o precursor do tradicional Baião de Dois do nordeste brasileiro, em Benim ele também é conhecido como Watchê, em Gana como Waakye, sua confecção data desde a época da introdução chinesa pelos portugueses para o domínio da técnica do cultivo do arroz. Vamos a ele? 

1 cebola cebola grande bem picadinha; 5 dentes de alho grandes socados; 5 colheres de sopa de óleo de soja ou de amendoim; 2 tomates bem vermelhos, sem peles, sem caroços e bem amassados; 2 colheres de sobremesa de camarão seco descascados moídos ou  socados; 1 colher de sobremesa de páprica picante; Use a pimenta de sua preferência, eu prefiro a malagueta vermelha e umas pitadas de pimenta de cheiro; 1 colher de sobremesa de gengibre ralado; 250 gramas de feijão fradinho (feijão de corda) ou do feijão marrom deixado previamente de molho de um dia para o outro; 250 gramas de arroz branco; 1 L de água  filtrada; sal  a gosto.

Coloque o feijão previamente escorrido, para ferver com a água em uma panela de pressão; cozinhe-o  por uns dez minutos, até que fique macio. 

Coloque todos os temperos em uma frigideira com o óleo, com fogo baixo, e deixe refogar por uns dois ou três minutos, então, adicione ao feijão já cozido. Acrescente o arroz para cozinhar com a panela destampada, adicionando mais um pouco de água filtrada se for necessário. Procure não ficar mexendo muito para não amassar muito o feijão e não empapar o arroz.

Este prato pode ser servido acompanhado de uma salada de alface, tomates meio avermelhados em rodelas e agriões cortados, ou com o que você quiser. Há quem gosta de acompanhá-lo com linguiça frita; Há quem gosta de acompanhá-lo com queijo branco cortado em pequenos cubos.

Bom apetite!

🥣🍴❤️🙏



quarta-feira, 10 de maio de 2023

Amalá Ologuedé

É o amalá feito com a farinha de bananas-da-terra e água, e também fica muito bom acompanhando sopas e ensopados. 

No oeste e no norte da África este prato também é conhecido como Fufu de bananas.

Utilize para cada meio copo de farinha de bananas, três copos de água filtrada fervente, seguindo o procedimento descrito na receita do Amalá Dudu, postada anteriormente, substituindo a farinha e a quantidade.

Bom apetite!

🥣🍴😋🙏♥️



domingo, 7 de maio de 2023

Sopa de Ewedu.

A Sopa de Ewedu é um prato muito nutritivo e bem conhecido por todo oeste e norte africano..Essas folhas também são consumidas em pratos da Índia, da China, do Oriente Médio e do Egito. 

Lave bem três molhos de folhas do Caruru-da-Bahia (folhas de Juta; Ewedu em iorubá) e escorra a água. Logo após a lavagem, corte fino e depois soque bem as folhas, se necessário for acrescente um pouco de água filtrada para facilitar esse processo. Misture ali alguns camarões ou lagostins descascados e lavados. Ponha 1 colher de chá de Alfarroba ou de Chocolate Amargo em pó. Junte sal, cebola e alho a gosto, e umas pitadas de Pimenta-da-Costa se desejar. Leve para cozinhar adicionando 1 litro de água filtrada, em fogo médio por cerca de 5 minutos; se cozinhar pouco não libera o sabor da folha, e se cozinhar muito perde-se a viscosidade que elas possuem.

Serve-se acompanhada de arroz branco, de purê de inhames, de Fufu, ou de qualquer tipo de amalá. 

Bom apetite! 😋 ❤️



terça-feira, 7 de abril de 2015

Dokwín


Batata Doce (Wikipédia).

A batata doce (Dokwín) é originária dos Andes e daí se espalhou por todo o mundo. Este tubérculo foi a alimentação básica dos escravos apanhados pelo Daomé que eram vendidos e conduzidos nos navios negreiros para o Novo Mundo.
Pode ser consumida de muitas formas: cozida, assada, frita; etc. Com  ela é feita uma farinha básica para a alimentação, suas folhas, também comestíveis, são socadas e preparadas com carne ou peixe.

domingo, 5 de abril de 2015

Abokun

Sorgo - Foto Wikipédia.


O sorgo (abokun) é um alimento muito comum na África, na Índia e na América Central, participa de numerosas iguarias. No Reino de Daomé foi o segundo cultivo introduzido e até os dias atuais é muito apreciado no Benin.
É importante esclarecer ao leitor que a terminação kun (koun escrito em francês) significa grão. Assim temos "abo" a planta em si, e o sorgo adicionado do sufixo "kun" (grão), ou seja: abokun (grão de sorgo).