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domingo, 13 de agosto de 2023

Tegbessu e outras no JAREM em Aladá.

Quase ameaçada de extinção devido ao desmatamento a Tegbessu, planta ritualística e medicinal, encontra-se protegida em Aladá, BENIM, junto a outras plantas com incríveis poderes de cura de doenças  encontradas nas mesmas condições.

Estão abrigadas no Jardim Refúgio das Espécies Medicinais Ameaçadas, o JAREM.

"Se há um continente no mundo que mais perdeu o conhecimento antigo da medicina tradicional, é sem dúvida a África negra. E, no entanto, isso não deveria ter acontecido. Para além da degradação do ambiente em vários locais do continente, a perda do saber endógeno por não transmissão e conservação é o maior perigo que ameaça o futuro das espécies medicinais que há muito constituem a única farmácia das populações africanas. E isso por milênios…

“Um velho que morre na África é uma biblioteca que queima”. Esta é, infelizmente, a constatação no campo do uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, o desenvolvimento e modernização, a destruição de florestas em benefício de fazendas e, por extensão, de espécies medicinais exercem uma enorme pressão sobre a biodiversidade. Diante desse quadro medíocre devido à falta de apego dos jovens ao negócio da conservação vegetal, deve-se remediar através da criação de um refúgio para essas plantas para sua proteção. E assim, podemos promover o surgimento do empreendedorismo feminino no campo da proteção e conservação de plantas medicinais ameaçadas de extinção, que é uma Capital para o Futuro. Assim nasceu o JARDIM REFÚGIO DE ESPÉCIES MEDICINAIS AMEAÇADAS Projeto “JaREM”, um departamento de Energia Verde e Comércio Geral.

A Green Power and General Trade tem dentro de si a criação de um Jardim Botânico de espécies vegetais ameaçadas de extinção, com o objetivo de Recriar Paisagens Perdidas para reduzir as ameaças às florestas naturais do nosso país. Pretende-se enquadrar a conservação das plantas ameaçadas de extinção, a promoção das plantas medicinais e a popularização do uso de plantas medicinais e por fim a criação de emprego em benefício dos jovens. Também atenderá às necessidades de saúde da comunidade e à proteção do meio ambiente. A sua vocação é a produção, conservação e valorização de espécies vegetais em vias de extinção através da criação do jardim “Refúgio Vegetal”. Atua na área de desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas (tecnologias ambientais) e agroalimentar. A resolução do problema do desaparecimento de plantas reside no desenvolvimento e proteção do meio ambiente para um modo de vida saudável para a população por meio do manejo sustentável dos recursos naturais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 e 15 .

Quatro (04) atividades apoiam a sustentabilidade do Poder Verde e do Comercial Geral.

O primeiro setor de atividade é essencialmente a produção de espécies vegetais ameaçadas de extinção denominada Jardim Refúgio para Espécies Medicinais Ameaçadas de Extinção (“Jardin Refuge des Plantes”).

De 2017 a 2022, mais de 30.000 plantas de 15 espécies diferentes "Reign over health" que trata da transformação de plantas em produtos acabados (Segredo do Papai, Palu VÔ, Dâh-Han ''licor terapêutico'', Fire whisky, Liberation ' 'o mel que ressuscita seu fígado'') foram produzidos."

In: https://www.afriquedestinations.com/en/society-environment-discovering-refuge-garden-endangered-medicinal-species-jarem-allada-benin (Em 12/08/2023)


 

Siga o link e conheça as espécies ameaçadas e seus usos medicinais:

https://www.afriquedestinations.com/en/society-environment-discovering-refuge-garden-endangered-medicinal-species-jarem-allada-benin

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vodún e Meio Ambiente

As culturas fon e ewe estão intimamente relacionadas, o termo vodú é de procedência ewegbe, enquanto o termo vodún é de procedência fongbe. O Jeje Mahi possui muita influência da cultura ewe, além do nagô e de sua dialética, mas principalmente da cultura fon que é sua base, sem dúvida.
Os ewes visualizam seus voduns em terracotas dispostas em seus altares, que denominam "wen zen", na realidade são potes de barro decorados conforme o vodún ao qual pertencem e que encerram materiais ritualísticos diversificados de acordo com a divindade ali reverenciada, seria uma forma de poder mudar o local de culto de um lugar para o outro, talvez um costume introduzido em tempos de guerra com outras etnias, há também terracotas antropomorfas e zoomorfas representando voduns, e também fazendo referência a lendas, quase sempre presentes em ritos ewes. Os fons do gbè utilizam esse argumento de visualização em parte, não de uma forma geral, pois de forma geral o vodún fon é cultuado na natureza, nas águas, na terra e no atin (árvore) principalmente, daí o culto ao vodún passa a ser um protetor do meio ambiente, como acontece no Benin nos dias de hoje. Para se ter uma idéia no lago Azili, onde é cultuado o vodun Azili, a cerca de 200 km de Cotonou, não se lava nada com sabão, nada com pigmentos, nem mulher menstruada, nem pessoas com vestes vermelhas, que lembram sangue, atravessam o lago sagrado, pois o vodún proíbe tais atos. O resultado destas e outras proibições é que as águas do Azili são puras, podemos, inclusive, beber dela. As florestas da mesma forma, tidas como sagradas, passam a garantir a sobrevivência de inúmeras espécies de árvores e animais sagrados, muitos dos quais em extinção no globo, e consagrados aos voduns.

Lago Azili (foto de Wikipedia)