PAPOINFORMAL é voltado a tradição cultural religiosa afro-brasileira do candomblé da nação Jeje, e em especial do segmento Mahi no Brasil.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Avimaje
Missionários em 1910 em Zagnanado com o povo nativo; observamos frente a um otutu e sob um atinsá.
Foto: Wikipédia.
É um vodum da família de Sakpatá, seu nome deriva do fon vimaji que significa solteiro, aquele que não se casou e não teve filhos. Seu culto ficou muito aculturado no Brasil ao longo do tempo e com a formação do egbé tomou um forte aspecto iorubá, e sem dúvida foi trazido pelos escravos fon-mahis e iorubás de Zagnanado no Benin, assim como o culto de Azonsu (Azonsou em francês do Benin; Significa: O homem que é iniciado para o vodum Sakpatá; forma de tratamento para não se pronunciar este temido nome que significa varíola).
Avimaje é inseparável de seu irmão Alokwe (Alokpe), vodum das águas (toxosu, tohossou; rei das águas) da família de Azonsu, seu irmão nasceu com cinco braços que são representados em seu fetiche. No candomblé de Jeje Mahi e de Nagô Vodum cachoeirano tal relacionamento com um dos reis das águas significou ceder lugar a Olissá (Lisá; Lissá) que é o Oxalá dos nagôs e que tem relação com as águas.
O tohossu Alokwe companheiro inseparável de Avimaje manifestado em uma vodunsi; desenhado e pintado por Cyprien Tokoudagba.
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