sábado, 27 de abril de 2013

Os Nascidos em Woli Medji



Terceiro signo: Woli ou Woli Medji, Woli duas vezes em sua casa com dignidade. Senhor da terceira casa geomântica e arcano maior de sua série.



Representação:



I I


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I I


 

Sexo: Masculino. Signo do dia.


 
Natureza: Terra. Neutro - favorável



Dia: quarta-feira.


 
A correspondência astrológica: 

Signo: gêmeos. Planeta Mercúrio.
 

Cor favorita: Marrom avermelhado.



Tipo fisionômico
Porte médio. Corpo nem muito grande e nem muito fino. Rosto simpático e oval. Pernas finas. Braços e pernas longos; cabelos unidos. Graça e beleza. 


Personagem:
 
Moralmente:  

Íntegro, obediente e um pouco tímido. Leviandade e superficialidade. Intuitivo, de prático design para o julgamento rápido do valor exato de pessoas e coisas. Flexibilidade e capacidade de argumentação. Adaptabilidade.
 

Intelectualmente:  

Sutilmente é capaz de fazer tudo. Eloqüência, criatividade, capacidade de escrever.


Profissões:  

Oradores; filósofos; compositores; escritores talentosos; cientistas; jornalistas; industriais; jurisprudentes; escritores; diplomatas; etc.

 
Relação física:  

Sistema nervoso, pulmões, aparelho auditivo e intestinos.
 

Doenças:  

Doenças do aparelho auditivo, do sistema nervoso, respiratórias e dos intestinos. Mordidas de animais.
 

Comentário:  

O homem que nasceu sob o signo de Woli ganha a estima de todos. Sua vida é muito difícil enquanto criança e quando cresce torna-se brilhante, em seu trabalho ele é muito brilhante. Seus projetos serão frequentemente realizados e tentará aceitar todas as crenças. Sua autoridade em família é inquestionável. Ocupa um lugar especial em sua família e em sua cidade natal.

 
Interditos:

Qualquer animal encontrado morto, ou que morra, por decapitação; pasta feita com farinha de feijão e milho; consumir do vinho de palma; o uso da carne de cão, hiena, girafa, elefante, e galo que é comum a todos os signos.


(continua)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Os Nascidos em Yeku Medji




Segundo signo: Oyeku ou Yeku-Medji. Significa Yeku duas vezes em sua casa, com dignidade, ele domina a segunda casa.

Representação:


I I


I I


I I


I I


Gênero: Feminino. Pertence à noite.



Natureza: Signo da água, maléfica.



Dia: segunda-feira



Cores favoritas: preto


A correspondência astrológica:Signo de Câncer


Planeta: Lua.



Tipo fisionômico:

De porte harmonioso,  um tanto elevado. Belo rosto e simpático; corpo magro, pernas finas; tem pontos em um olho ou um olho maior. Têz marrom, dentes longos, uma aparência desleixada, há cicatriz ou sinal aparente.




Personagem: 



Moralmente: 
Versátil, verboso, caprichoso, honesto e ativo, flexível, mas indiscreto. Espontâneo e zombeteiro. Sentimental, inconstante e passivo. Submisso, se deixando levar sem refletir podendo ser decepcionante, desonesto, hipócrita, com gosto de fazer as coisas em segredo. Desgastado ao adultério ou dupla união, às vezes a prostituição.


Intelectualmente: 

Senso de multidões e de cálculo.

Profissões: 

Empregados viajantes e todos aqueles cuja função é a de se mover constantemente. Marinheiros; pescadores; vendedores ambulantes; itinerantes; palestrantes; advogados. Tudo o que se relaciona com o mercado de navegação, comércio, colunistas etc.

Relação física: Tórax.


Doenças: 

Resfriados, bronquite, refrigeração, doenças com odor, estômago. Doenças pulmonares, de nutrição, câncer e tumores de risco, males de afogamento ou asfixia.

Comentário: 

Quem nasce sob este signo respeita a palavra recebida. Você pode confiar nele, mas na verdade é falador e indiscreto. Muito esperto, ele vai alcançar a glória e a honra. Além disso, ele será popular, mas irá experimentar uma decepção. Um grande viajante, ele passou muito pouco tempo na cidade natal. Turbulento e forte, ele vai ter uma vida longa, porém, muitas vezes estará mal.

Interditos: 

Não deve comer carne de animal ou ave não morta. Não deve comer carne ou qualquer alimento oferecido em sacrifício aos antepassados. Não deve comer amoras pretas, não deve beber do vinho de palma, ou usar panos pretos. Não deve comer formigas pretas e não usar nos sacrifícios os espinhos ou a madeira de uma árvore de espinhos. Além disso, é proibido o gato e a carne de galo.

(continua)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os Nascidos em Gbe Medji



Primeiro signo: "Ogbe ou Gbe-Medji, ou seja: Gbe duas vezes, dentro de sua casa com dignidade.

Representação: IIII


Sexo: Masculino; signo do dia.


Natureza: Água benéfica, mas ligeiramente desfavorável.


Dia: quinta-feira


Cor branca, mas aceita outras cores

Correspondência astrológica: Signo de Câncer.  

Planeta: Lua.

Tipo fisinômico: Tamanho médio, corpo espesso em sua parte superior. Um olho maior ou com uma mancha. Tez bronzeada ou clara, dentes pequenos, testa suada.


Personagem: 


Moralmente: 
Gostos comuns e simples. Inconstância, leviandade, fantasia, timidez, inércia. Implica a idéia de penetração e de investigação em profundidade. Tendência ao desânimo e à falta de escrúpulos. Precaução em questões de dinheiro. Liberal e agradável, mas um pouco preguiçoso. Mediunidade, mente aberta, amante de viagens e passeios, amoroso.
  
Intelectualmente: 
Espírito de iluminado, desprendido, caprichoso e falante sem grande consistência. Calcula sem persistência. Indeciso e se impressiona. 

Ocupações: 
Funcionários, agricultores, funcionários de funeral, poetas, políticos, artistas e místicos. Todas as ocupações femininas especialmente aquelas que empregam os líquidos ou que exigem imaginação. A estrada de ferro e tudo o que está relacionado com a estrada como transporte, caminhoneiros, transportadores, marinheiros, agentes de turismo, rodoviários, vendedores ambulantes, ciclistas, etc.

Relacionamento físico: Os intestinos.
Doenças: diarreia, anemia por linfatismo, agitação estéril e fatigante, odorizantes, do olho esquerdo, dos intestinos e todos os males que se relacionam com ele. Depressão.

Comentário: 
O nascido em Gbe vai experimentar algum sofrimento e doerá depois de uma boa ação. Será particularmente ousado e de grande autoridade. Vai ser um bom guerreiro, ou lutador; ou rico; ou encontrará muita fama e sucesso em tudo o que empreender. Será justo, honesto e muito forte. Ele perderá uma filha que morrerá, e se for mulher em Gbe perderá um filho. Será egoísta, mas de grande reputação. 

Interditos: 
Quem nasce sob este signo (ou tem encontrado no fazun este sinal) não deve  beber do vinho de palma (Atan) ou de outras bebidas alcólicas. Não comer da carne do cão, do leopardo, do elefante, e da carne do galo.

(continua)

sábado, 13 de abril de 2013

Entrevista com Dah Ahehounkpo




PAPOINFORMAL traz hoje para você amigo e irmão leitor uma entrevista com um sacerdote do Fá e do Vodum de sangue mahi Dah Ahehounkpo.

PAPOINFORMAL: Qual é o seu nome?


Resposta: Semevo Bruno Serge Ekehounde, aliás: Ahehounkpo (Como é conhecido dentro da
tradição).

PAPOINFORMAL: De onde você é?

Resposta: Sou de Agonlin, em Cové, no Benin. 

(A propósito, é importante lembrarmos na História que o Rei Guezo outrora tinha feito dessa região a sede de seu exército, e dali partiam para as batalhas contra os iorubás das cidades de Abeokuta e de Ketou.) 

PAPOINFORMAL: Qual é a função que você exerce dentro dos Cultos Africanos?

Resposta: Eu sou um sacerdote do Fá, um boconon, um Assanhi-boconon (titular do poder dos voduns e das folhas) e também um artista da tradição moderna.
 
PAPOINFORMAL: Quais os voduns que você já iniciou?


Resposta:
Minon-nan, Sakpata Azonsou (O mesmo Azonsu trazido pelos Modubis para o Brasil), Lissa Gbadjou, Dan Aidohouèdo, Hebiosso Agbolinssou, Hoho Kabli Kodjoé, Boko-Lègba Agbonou Hossou, Gouvodoun Akpoyilèkan, Tohossou Aguidi Non Gbahoun. 

PAPOINFORMAL: Conte-nos um pouco de seus voduns ok?

Resposta: Sim, nós temos voduns como:

Boko Legba: Guardião do Umbral; Minon-nan: A Rainha Mãe; Lissa Gbadjou: Deus do universo; Sakpata: Deus da terra; Hêbiosso: Arcanjo São Miguel (Fogo); Tohossou: Deus da Riqueza (Água); Dan: Deus do ar (partilha de riqueza); Hoho: Os gêmeos. (Os Ibeji no Brasil); Gou: É quem abre ou fecha o caminho para a felicidade. (É Ogum no Brasil)

PAPOINFORMAL: Qual é a sua visão sobre o culto do Candonblé de vodum no Brasil?

Resposta:
O culto do vodum provém dos meus antepassados que foram deportados para o Brasil, e lá se reuniram, exerceram e praticaram o culto e outras práticas ancestrais.  
 
PAPOINFORMAL: Você dá consultas com o Fá? Como nossos amigos poderiam entrar em contato com você?

Resposta: Sim. Pelos telefones +229-9622-2131 e +229-9922-2100. E ainda pelo e-mail   Serge-ekehounde@yahoo.fr 


PAPOINFORMAL: Qual é o seu conselho para quem está começando no culto? 

Resposta: Em nenhum momento, nenhum país pode se desenvolver sem sua cultura, a cultura é um serviço de desenvolvimento. Exceto para aqueles que não sabem disso.

(A religiosidade tradicional do Benim faz parte da cultura beninense e a cultura é base de projeção social de uma nação, é sua identidade.)

Obrigado meu irmão pelo carinho e atenção dispensada à minha pessoa e ao nosso PAPOINFORMAL. E Nan Tché!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Abiku






"Divindades do Benin: O Abiku, ou  Poder dos Mortos Reencarnados."

Na África, particularmente em Benin, encontramos vários tipos de divindades. Temos o prazer de apresentar um pouco do desconhecido para o público em geral. Durante décadas manteve-se sem outras manifestações, mas também, por contra, todos os anos ela é adorada e venerada. Seu nome é "Abiku", esta divindade é da mesma família de Egungun e Oró. No lado sul-leste do Benin, precisamente ao lado da Nigéria, de acordo com a história contada por Dah Sun Madjè Houéyin é uma divindade que se manifesta quando está com raiva de alguém ou de alguma coisa. Da raça de Sakpata, de Dan e de Hohovi, Abiku possui a têmpera de Tohossu. Isso ocorre muitas vezes no dia-a-dia. Esta divindade pune malfeitores, ou seja, provoca perturbações na vida daqueles que têm especialmente praticado o aborto. Ela coloca a mão sobre todos os seus bens, provoca o total fracasso dos negócios. Ela bloqueia a fertilidade, o desenvolvimento e a evolução, e para remediar este mal, é necessário ir a uma casa atingida por um ráio. Sobre o ritual, é aconselhável que se vá até Dah Sun Madjè Houéyin para se obter as informações verdadeiras sobre o seu ritual. De sexta-feira (03) a domingo 05 de fevereiro, último, em Kpomassé  dentro da Casa Santos teve lugar a cerimônia da divindade negra Abiku. Esta cerimónia ocorre todos os anos nesta época e teve um toque especial. No total mais de 20 Abiku foram inteiramente remarcados para a ocasião. Durante três dias, a aldeia de Kpomassé viveu um momento de celebração como nenhum outro. Tem que se estar lá para acreditar. Após este festival único, nosso editorial foi fundo na história a seguir.



A Origem de Abiku

Certa vez no passado houve um casal que tinha dificuldade em ter filhos. O casal procurava ajuda por todos os meios, mas nada adiantava. Desesperado, o homem foi ver um sacerdote do Fá para saber as verdadeiras razões para o problema. Após a consulta, o Fá revelou segredos e pediu-lhe para oferecer sacrifícios. Um ritual de sacrifício é para se recolherem ao chuveiro atrás de uma casa com muitas pedras, o quanto eles quiserem. Durante a cerimônia, o casal se depara com um fetiche muito estranho, enorme e horrível. Com medo a mulher manteve-se de pé e o homem agachado. Terminada a cerimônia, foram ao fetiche e tiveram a recomendação de que guardassem zelosamente as crianças que ele lhes dera, porque ele ainda seria necessário. Surpreso, o homem perguntou ao fetiche onde essas crianças estão. O fetiche que diz que as pedras espalhadas sobre as folhas de bananeira serão os seus filhos, e também em cada vez que a mulher der à luz, o casal deverá ter o cuidado de retirar uma pedra e não deixar nenhuma dessas pedras tocar a criança. No entanto, na realidade, o homem escolheu pegar três pedras, mas a mulher o convenceu a pegar 60. Assim, de acordo com o fetiche, a mulher dará a vida a 60 crianças. E o casal tornou-se fecundo. Depois de vários anos, a mulher deu à luz a 11 filhos e agora já estava cansada. O que fazer agora? Um dia depois de pensar muito, ela traz as 11 crianças por trás de seu chuveiro e coloca 11 pedras na cabeça de cada uma delas. As crianças logo se transformaram em pedras. À noite, o homem observou o desaparecimento de seus filhos e chamou a mulher que negou categoricamente não ter entendido nada. À força, o homem levou sua esposa ao fetiche e lá é confessado o feito. O fetiche por castigo a transformou na divindade chamada "Abiku". E o homem foi condenado ao apedrejamento e permaneceu agachado para sempre, como aqueles que voluntariamente encerram a vida de seus filhos. A mulher ela foi condenada a permanecer em pé, desde então, quem lhes causa a ira a tem de volta.

Fatai, Atchiadjou & Constantin, Nobime



In:  http://hwendomag.afrikblog.com  (Mar, 2012)

Traduzido por Ifabimi.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tori Bossito: mais de 20 crianças enfeitiçadas descobertas em uma escola pública.

 

A notícia abaixo é do dia 31 de Abril de 2013 e aconteceu em Tori Bossito no Benim, foi divulgada no site O beninense indignado, Leia com atenção:


"Tori Bossito:  mais de 20 crianças enfeitiçadas descobertas em uma escola pública."

   
O fenômeno da feitiçaria leva-nos a uma escala diferente em nosso país. Outrora a prática da feitiçaria era reservada apenas dos idosos, ampliou-se seu escopo às fileiras dos filhos. Depois de uma coisa estranha que aconteceu na segunda-feira, 18 de março em Tori Bossito: mais de 20 crianças enfeitiçadas foram descobertas em uma escola pública.

  
Eram cerca de de 16,20 Hs, momento em que a maioria dos alunos desfrutavam do intervalo para recreio no pátio de uma escola pública em Tori Bossinto, Benim, enquanto as crianças brincavam, um colega da turma CM1, de repente, caiu inconsciente. A cena ocorreu fora da visão dos professores comumente chamados de "mestres" nestas áreas. Imediatamente, uma multidão se reuniu em torno dele. Seu corpo sem vida havia se tornado um objeto de atração para as crianças.

     
Uma senhora, mãe de um aluno que estava passando, curiosa para saber o que motivou a multidão de crianças, se aproximou delas. Para sua surpresa, ela percebeu que era um corpo sem vida de sua prole, que estava no chão. Em pânico, ela alertou os professores. No pátio da escola, era pânico e pânico. Ela imediatamente chamou o marido, pai da criança. Este último, de acordo com a matriz, ordenou que a criança fosse levada a ele. O que ela não esperava. O pai disse algumas palavras após um encantamento, e um produto foi introduzido na boca da criança que acordou imediatamente. Ele ordenou que dizesse tudo o que visse, e à sua mãe para levá-la ao hospital. É aí que o pote de rosas vai ser descoberto!

  
Com efeito, após alguns testes, quando a enfermeira se aproximou de seu filho para aplicar-lhe uma injeção, ele se opôs a uma recusa categórica, gritando em voz estridente: '' Emile, tem uma cabaça na mão e impede você de me injetar.'' A criança foi tão insistente que a enfermeira parou atordoada e sob o olhar impotente de sua mãe. Poucos minutos depois, ela foi informar aos seus superiores. Estes pediram à mãe do menino que fossem conferir se há alguma Emile na escola de seu filho. Na cena, depois de algumas investigações, soube-se que Emile é um colega de classe de seu filho. Alertados para a situação, os professores e os pais submeteram o menino Emile a uma pergunta quente. Ele deixou cair a peça! Ele admitiu ser um feiticeiro e disse que herdou de sua avó. Ele confessou que seu irmão turma da CI também é feiticeiro. Quando indagado por que ele impediu a enfermeira de tratar de seu amigo, ele respondeu:'' É o meu pai, também feiticeiro, que me pediu para trazer dos seres humanos o coração e o sangue para adquirir mais poder''. Em seguida, descreve como manifesta o seu poder: à noite, minha avó costumava levar os apetrechos sob os nossos olhos e de repente nos encontrávamos em frente à uma grande árvore de grande. Ela, então, proferia palavras encantatórias e a árvore se abria. Dentro dessa árvore, há um grande edifício com vários níveis, e cada nível foi habitado por povos. Ninguém se importava com aqueles que viviam em outros níveis. Lá, vemos animais estranhos. Eles têm um torso humano, mas a cabeça e os membros são por vezes semelhantes aos de uma ovelha, uma galinha, um porco... Lá meu irmão e eu somos os responsáveis ​em fazer os pratos que nós chamamos de "Djabi".

     
Diante da insistência da multidão, a administração convocou urgentemente o pai feiticeiro, que, na verdade, era o guardião do menino. Ele também confessou que é um feiticeiro.

  
A criança acrescentou que a bruxaria foi enviada para várias crianças da escola. Ele citou os nomes, mais de 20, o IF CM2. Seu procedimento é simples: ele preparara em sua casa bombons, ou gari (farinha de mandioca), e quando ele começa a comer todos aqueles seus colegas que pediram para provar "um pouco" tornam-se imediatamente enfeitiçados.

 
O caso foi levado ao conhecimento das autoridades que gerenciam a área, com certeza.É importante lembrar aos pais para cuidar da educação dos seus filhos. Especialmente para ensinar-lhes a não pedir comida na escola ou comer do que outros oferecem, sem que se conheça as pessoas de fato. 



Por: Joel Vihoundjè Dimitri @ Le Béninois Indigné (In: www.lebeninoisindigne.com)

Traduzido por: Ifabimi.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Tradição e Realeza nos Terreiros de Jeje



Tradição e Realeza nos Terreiros de Jeje poderá ser encontrado nas principais livrarias e casas do ramo.
Se sua comunidade tem interesse em adquirir a obra e dista do Rio de Janeiro, poderá contactar Ifabimi pelo email  ifabimi@yahoo.com que com prazer lhe enviará os exemplares.

非洲裔巴西人宗教

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Aja - Tado


Forte de São Jorge da Mina, Gana.

"(...) A maioria dos negros que trabalhavam escravizados nas minas da África era de uma variedade de etnias. Geralmente o indivíduo preso em batalhas, ou obtido como pago de tributos já tinha o seu destino traçado para ser escravo, e assim muitos foram capturados e vendidos para o novo mundo. Os ajás viviam em Ajá-Tado no país Ashanti, parte que hoje se situa no Togo próximo a fronteira com Benim e alguns deles foram escravizados. Na realidade Ajá-Tado (Tadô é a forma correta de se pronunciar em Língua Portuguesa); Sado; ou Ezamé (termo mais antigo), refere-se a uma grande civilização, ela é a origem e a identidade de diversos povos do sul do Benim ao centro do país. O nome de Ajá-Tado está associado às origens dos povos Ajá; Fon e Agassuvi (Aja Kponsu); Gun; Guin; Sahue; Hula ou Pla e Hueda ou Peda (Ajá Ho); Aizo (Ajá Dossu); Mahis e Uemês, que são descendentes dos ajás em suas respecticas regiões. Aja-Tado é também a origem dos Ajá-Euês (Ajá Kpondjin); um grupo étnico que habita o sul do Togo e de Gana. O nome original do povo que habita o Tado, conforme mencionado, é "Ezamé", onde Eza (ezan) para aquele povo significa Palmeira. Assim, Ezamé significa "no interior das Palmeiras; ou seja: entre estas árvores"; justificando o local de instalação deste povo.
Sua história conta que por volta do ano 1000 D.C. a vila estava sofrendo com várias doenças. Houve mortes infantis, seca e fome até que passou por ali, vindo do Reino de Oió: Togbui Anyi. Ele sugeriu curar a população desde que fosse aceito como seu rei e todos concordaram. Com seu conhecimento de magia e poder ancestral Togbui Anyi curou todos os enfermos daquela cidade e tornou-se o rei. Em seu trono marcou o evento mudando o nome de Azamé para Tado que significa pisar sobre algo.
A cada ano a memória de Togbui Anyi é reverenciada no mês de agosto, aniversário do Tado e marca do início um novo ciclo anual, é quando todos os ajá-euê de Gana, do Benim e do Togo rumam ao Tado para a comemoração e pedidos de proteção e bênçãos ao antepassado em comum. (...)" 

Trecho do livro "Tradição e Realeza nos Terreiros de Jeje" de Ifabimi Aladanu (Jan. 2013).

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Roça do Ventura Pega Fogo

É com pesar e confiantes no empenho dos irmãos de modo a colaborar com a Roça do Ventura para que seja apurado o fato e muito bem investigado pelas autoridades competentes, federais e estaduais da Bahia, que transcrevemos as linhas abaixo do Portal A TARDE:

"Fogo destrói árvores e plantas sagradas da Roça do Ventura"

(Cristina Pita e Redação)


"O fogo, que começou por volta das 10h30 desta quarta-feira, 9, na área da Roça do Ventura, templo afrorreligioso Zo Ogodo Male Bogun Seja Hunde, em Cachoeira (a 110 km de Salvador), no Recôncavo baiano, já consumiu cerca de 50 árvores e plantas sagradas do local.
Segundo o ogã Anderson Marques, até ontem à noite já haviam sido queimados mais de 600 metros da vegetação. Jaqueira, sucupira, umbaúba, mangueira, licuri, são-gonçalinho, coqueiro e cajueiro, além de plantas usadas nas obrigações religiosas e como ervas medicinais, foram destruídas pelas chamas.
Para evitar que o fogo chegasse à sede e outras construções do sítio religioso de tradição Jêje Mahin, a comunidade  usou folhas sagradas, pás, enxadas,  garrafas plásticas e baldes com água, além de dois carros-pipa da prefeitura. Mas há meses não chove na região, e a vegetação seca fez com que o fogo se alastrasse, atingindo até a jaqueira consagrada à divindade ssansú.
A PM foi acionada, mas não apareceu. O Corpo de Bombeiros, que só chegou às 18h30, após intervenção  do Ministério Público, disse não ter como  trabalhar no escuro. O combate feito pela comunidade foi suspenso às 22h, mas recomeça  hoje pela manhã com a ajuda dos bombeiros. Em Cachoeira, não há uma unidade da corporação, a cidade é coberta pela de Feira de Santana.
O secretário municipal de Cultura, José  Bernardes, disse que um tanque foi carregado de água para molhar a vegetação não atingida, por precaução. "A mangueira do carro-pipa é curta, não atingia a área toda. Tivemos muitas dificuldades", disse.
Festa e suspeitas - O ogã Edvaldo de Jesus Conceição, Buda, disse que há muita gente na Roça porque, domingo, haverá a Festa do Boitá (procissão do vodun), a maior comemoração religiosa do local. Disse também que hoje  será registrada uma queixa na Delegacia de Cachoeira, porque há suspeitas de que o incêndio foi criminoso.
"Moradores viram dois adolescentes ateando fogo na vegetação. Daqui a quatro dias, receberemos convidados ilustres e representantes de vários templos. A intenção era atingir o terreiro. Além disso, o julgamento sobre a invasão ocorrida na Roça será em 24 de abril", frisou."

Foto de Alzira Costa - Divulgação


In:  http://atarde.uol.com.br/bahia/materias/1477384 

Como toda comunidade, que é oriunda do quilombo local, uma seguidora do terreiro também revoltada com o acontecimento lembra no Facebook:

"Há pouco mais de dois meses próxima da audiência resultante da invasão da Roça de Cima,na Fazenda do Ventura onde esta localizado o Zogbodô Bogum Malê Seja Hunde,fui informada pelo Ogan Buda,principal responsável pelo Terreiro, que na noite desta terça feira (08/01/2013) a Roça sofre mais um atentado,desta vez contra a vida de zeladores da casa e de visitantes que se encontram no local devido ás obrigações religiosas que se realizam nesta época.
As pessoas foram surpreendidas por um incêndio que atingiu não só a área que foi invadida e destruída como também a Roça de Baixo queimando várias plantas sagradas e por pouco não terminou em tragédia contra a vida de várias pessoas que se encontram na Roça este mês.
Resta saber se o fogo foi ou não proposital.Todos nós sabemos que o preconceito religioso esta indo contra a paz que desejamos ter, mas atentar contra a vida de outras pessoas é muita responsabilidade com a justiça da terra e a divina.
Aos lideres religiosos,interessados pelo assunto,simpatizantes,etc. que se unam para que medidas sejam tomadas.O Seja Hundé esta provisoriamente tombado o que resalta sua importância como patrimônio e como matriz de nossa herança ancestral e religiosa.É chegado a hora de agir para que medidas sérias sejam tomadas e que a frase “Não mecha no meu Terreiro” saia do papel e tenha punições na prática."

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No dia 07 do corrente mês o incêndio foi no Parque da Chapada Diamantina, devemos lembrar que é muito distante do Município de Cachoeira, para que não haja confusão de fatos.
A comunidade Afro-Brasileira e PAPOINFORMAL estará aguardando pela apuração do fato e cobrará sanções se for o caso. Que está estranho... Está; ainda mais em período de festas, mas compete ao poder público investigar.

Kawo!!!