Ahô Huegbadjá, tradicionalmente o terceiro rei de Abomé,
é considerado o fundador do reino de Daomé (atual Benim).
Era um homem de pele mais clara, de alta estatura e forte,
Ahô chegou ao zinkpô (trono) sob o nome de Huegbadjá:
"O peixe que escapou da armadilha, foge de armadilha”.
Ele reinou de 1645 à 1685 sucedendo a seu tio, Dakodonu.
A casa do Terreiro do Pinho em Najé, Maragogipe, Bahia, que
reunia práticas Vodum locais, foi fundada na época de seu
reinado, fazendo referência à constituição do Reino do Daomé
conforme seu nome: Rumpame Daomé (Convento Daomé).
Huegbadjá instituiu ministros e promulgou leis, desenvolveu
a administração, a religião Vodum e seu xwetanu (calendário
festivo anual) e a política que caracterizando um reino
propriamente dito, sendo tido, então, como o fundador do Reino
do Daomé e reconhecido na diáspora.
Casado com Nayê Adonom (mais conhecida como Nayadone
no Brasil), teve dentre seus filhos Huessu Akabá e Tassin
Hangbé.
Huegbadjá fundou a cidade de Abomé construindo ali o seu
palácio (chamado Palácio de Abomé que significa "no meio da
muralha, Agbo vem do adjagbê Agbogbo - a saudação ahogbogbo
yi significa muralha do rei), próximo dos Guedevis, que
eram descendentes iorubás, e a alguns quilômetros a noroeste do
Bohicon. Ele instituiu e incorporou pequenas chefias da região
que representavam a sua administração.
Seu símbolo é o peixe e a armadilha, em razão de seu nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário