PAPOINFORMAL traz hoje para você amigo e irmão leitor uma entrevista com um sacerdote do Fá e do Vodum de sangue mahi Dah Ahehounkpo.
PAPOINFORMAL: Qual é o seu nome?
Resposta: Semevo Bruno Serge Ekehounde, aliás: Ahehounkpo (Como é conhecido dentro da tradição).
PAPOINFORMAL: De onde você é?
Resposta: Sou de Agonlin, em Cové, no Benin.
(A propósito, é importante lembrarmos na História que o Rei Guezo outrora tinha feito dessa região a sede de seu exército, e dali partiam para as batalhas contra os iorubás das cidades de Abeokuta e de Ketou.)
Resposta: Eu sou um sacerdote do Fá, um boconon, um Assanhi-boconon (titular do poder dos voduns e das folhas) e também um artista da tradição moderna.
PAPOINFORMAL: Quais os voduns que você já iniciou?
Resposta: Minon-nan, Sakpata Azonsou (O mesmo Azonsu trazido pelos Modubis para o Brasil), Lissa Gbadjou, Dan Aidohouèdo, Hebiosso Agbolinssou, Hoho Kabli Kodjoé, Boko-Lègba Agbonou Hossou, Gouvodoun Akpoyilèkan, Tohossou Aguidi Non Gbahoun.
PAPOINFORMAL: Conte-nos um pouco de seus voduns ok?
Resposta: Sim, nós temos voduns como:
Boko Legba: Guardião do Umbral; Minon-nan: A Rainha Mãe; Lissa Gbadjou: Deus do universo; Sakpata: Deus da terra; Hêbiosso: Arcanjo São Miguel (Fogo); Tohossou: Deus da Riqueza (Água); Dan: Deus do ar (partilha de riqueza); Hoho: Os gêmeos. (Os Ibeji no Brasil); Gou: É quem abre ou fecha o caminho para a felicidade. (É Ogum no Brasil)
PAPOINFORMAL: Qual é a sua visão sobre o culto do Candonblé de vodum no Brasil?
Resposta: O culto do vodum provém dos meus antepassados que foram deportados para o Brasil, e lá se reuniram, exerceram e praticaram o culto e outras práticas ancestrais.
PAPOINFORMAL: Você dá consultas com o Fá? Como nossos amigos poderiam entrar em contato com você?
Resposta: Sim. Pelos telefones +229-9622-2131 e +229-9922-2100. E ainda pelo e-mail Serge-ekehounde@yahoo.fr
PAPOINFORMAL: Qual é o seu conselho para quem está começando no culto?
Resposta: Em nenhum momento, nenhum país pode se desenvolver sem sua cultura, a cultura é um serviço de desenvolvimento. Exceto para aqueles que não sabem disso.
(A religiosidade tradicional do Benim faz parte da cultura beninense e a cultura é base de projeção social de uma nação, é sua identidade.)
Obrigado meu irmão pelo carinho e atenção dispensada à minha pessoa e ao nosso PAPOINFORMAL. E Nan Tché!
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