Um fetiche Ogun (da porta) em Porto Novo (foto em http://ikoyi-adjache-ile.com/index.html)
Ogu (Ogu dentre os hula; Gŭ entre os fons; Ogun entre os nagôs; Ogum no Brasil) é a divindade associada ao ferro, com o qual são confeccionados seus símbolos e seu sabre, o gubasá (gubassá); aos que trabalham a metalurgia; divindade dos guerreiros e expedicionários; da cirurgia e da tecnologia. É a primeira divindade reverenciada antes de qualquer cerimônia para se garantir o bom êxito das mesmas. Recebe suas oferendas e libações no fogo, na terra, no ar ou na água, conforme a determinação do Fá (Ifá) ou do vodum. Doenças de pele que trazem a sensação de estar queimando, urticárias, e outras, estão relacionadas com este vodum quando associado ao fogo.
Seus filhos em geral denominados oguvi tem o arquétipo de pessoas destemidas, batalhadoras e generosas, e quase sempre passam pela mesa de cirurgia. Seus iniciados são os ogusi (ogunssi), e ogusivi para o iniciado mais jovem, já os filhos dentro do culto em outros cargos são denominados de ogujo (ogundjô em português), o mais velho ogujogan, e o mais novo ogujovi. Os ogusi respeitam o vodún sù (a proibição do vodum) de comer carne de animais abatidos por acidentes, carne seca ou salgada, bacalhau seco, peixes e crustáceos secos ou salgados, que Ogu não aprecia, e os hulas guardam as sextas-feiras para cuidar de seu fetiche que fica sempre depositado à entrada de uma cidade, casa ou templo, em um huntigomε (huntigomé é uma árvore que lhe pertença, como é o hunmatin, Ahoho ou Akoko) e atin sá (aos pés desta árvore em templos, ou em entradas de vilas e cidades como tovodun, o Togu), ou em seu gubaji (gunbadji) ou oguxɔ (oguho, seu quarto sagrado).
Os fons lhe dedicam a terça-feira (gùzangbè) e o domingo para todos os voduns, e principalmente sendo um alintin (coincidir com um dia sagrado).
Das doze divindades populares do culto yεhoué dos hulas, Ogu e Ahwanba (que se tornou Dangbé em Ouidah porquê veio dos adangbe) são as que mais se destacam nas cerimônias e festas, Ogu recebe sua reverência sempre no início das mesmas.
PAPOINFORMAL é voltado a tradição cultural religiosa afro-brasileira do candomblé da nação Jeje, e em especial do segmento Mahi no Brasil.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
O Hùngbè.
As línguas dos candomblés de jeje:
Não muito diferente do que é existente dentros dos cultos tradiconais de vodún africano (Hwendo)
a ramificação é identificada pelo uso da língua. Os cultos de vodún em si reúnem vários idiomas distintos, segundo origens étnicas de cultos, porém, identifica-se a ramificação pela maioria de termos utilizados no dia-à-dia e não somente nos cânticos festivos.
A maioria de termos define o Jeje. Assim temos:
Jeje Mahi- Maioria de palavras em língua mahi;
Jeje Mina- Maioria de palavras em língua mina;
Jeje Dahomé- Maioria de palavras em ewe-adja;
Jeje Savalu- Maioria de palavras oriundas do nagô de Savalu,
Jeje Mina Popo- Maioria de palavras em Mina;
Jeje Modubi- Maioria de palavras ewe-adja e com forte influência nagô.
A coletividade e a individualidade do hùngbè:
À toda linguagem falada dentro de um culto de voduns denominamos hùngbè (rumbê). O hùngbè nada mais é do que esta linguagem como um todo e também em particular. Pois cada vodún possui seu próprio hùngbè de acordo com o local de origem de seu culto., assim sendo o hùngbè de Sakpatá é ayonù (nagô), o de Agbé é mina, o de Odé (considerado um vodún nagô em jeje mahi) é nagô, e assim sucessivamente.
Os mahis utilizam o mahigbè (mahi) que é uma linguagem muito semelhante ao fongbè, aliás as línguas gbè são aparentadas, e por isso existem muitas semelhanças de palavras entre grupos.
Filiação lingüística.
(In: http://www.everyculture.com/Africa-Middle-East/Ewe-and-Fon-Orientation.html)
O dicionário Pazzi (1976) comparativo dos Ewe, Adja, Guin e línguas Fon demonstra que elas estão intimamente relacionadas, tendo todas se originado séculos atrás com as pessoas da cidade real do Tado. Elas pertencem à linguagem do grupo Kwa.
Existem numerosos dialetos dentro da família do Ewe, como Anlo, Kpelle, Danyi, e Be. Os dialetos Adja incluem Tado, Hweno e Dogbo.
Fon, a linguagem do Reino de Daomé, inclui Abomey, Xweda e dialetos Wemenu, bem como muitos outros. Kossi (1990, 5, 6) afirma que o nome geral para esta grande família das línguas e dos povos deve ser Adja ao invés de Ewe / Fon, dada a sua origem comum em Tado, onde a língua Adja mãe das outras línguas, ainda é falada.
Não muito diferente do que é existente dentros dos cultos tradiconais de vodún africano (Hwendo)
a ramificação é identificada pelo uso da língua. Os cultos de vodún em si reúnem vários idiomas distintos, segundo origens étnicas de cultos, porém, identifica-se a ramificação pela maioria de termos utilizados no dia-à-dia e não somente nos cânticos festivos.
A maioria de termos define o Jeje. Assim temos:
Jeje Mahi- Maioria de palavras em língua mahi;
Jeje Mina- Maioria de palavras em língua mina;
Jeje Dahomé- Maioria de palavras em ewe-adja;
Jeje Savalu- Maioria de palavras oriundas do nagô de Savalu,
Jeje Mina Popo- Maioria de palavras em Mina;
Jeje Modubi- Maioria de palavras ewe-adja e com forte influência nagô.
A coletividade e a individualidade do hùngbè:
À toda linguagem falada dentro de um culto de voduns denominamos hùngbè (rumbê). O hùngbè nada mais é do que esta linguagem como um todo e também em particular. Pois cada vodún possui seu próprio hùngbè de acordo com o local de origem de seu culto., assim sendo o hùngbè de Sakpatá é ayonù (nagô), o de Agbé é mina, o de Odé (considerado um vodún nagô em jeje mahi) é nagô, e assim sucessivamente.
Os mahis utilizam o mahigbè (mahi) que é uma linguagem muito semelhante ao fongbè, aliás as línguas gbè são aparentadas, e por isso existem muitas semelhanças de palavras entre grupos.
Filiação lingüística.
(In: http://www.everyculture.com/Africa-Middle-East/Ewe-and-Fon-Orientation.html)
O dicionário Pazzi (1976) comparativo dos Ewe, Adja, Guin e línguas Fon demonstra que elas estão intimamente relacionadas, tendo todas se originado séculos atrás com as pessoas da cidade real do Tado. Elas pertencem à linguagem do grupo Kwa.
Existem numerosos dialetos dentro da família do Ewe, como Anlo, Kpelle, Danyi, e Be. Os dialetos Adja incluem Tado, Hweno e Dogbo.
Fon, a linguagem do Reino de Daomé, inclui Abomey, Xweda e dialetos Wemenu, bem como muitos outros. Kossi (1990, 5, 6) afirma que o nome geral para esta grande família das línguas e dos povos deve ser Adja ao invés de Ewe / Fon, dada a sua origem comum em Tado, onde a língua Adja mãe das outras línguas, ainda é falada.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Bembé do Mercado 2010.
BEMBÉ DO MERCADO 2010.
Data: de 12 a 16 de Maio de 2010 Hora: de 13 a 15 as 21:00 hs e dia 16 as 08:00 hs, para a entrega do presente na praia de Itapema.
Local: Largo do mercado Cidade: Santo Amaro, Bahia.
Detalhes: O grande manifesto de resistencia da Cultura e religiosidade Negra do País! Batidas de Candomblé, manifestações de Maculêlê, Capoeria, samba de roda.
A festa oferece comidas típicas do recôncavo com maniçoba, feijoada, sarapatel e maturi.
Para compor as mesas redondas, este ano o Bembé conta com o apoio institucional da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, além do CEAO - Centro de Estudos Afro Orientais (UFBA), Instituto Steve Biko e CEN - Coletivo de Entidades Negras.
CELEBRAÇÕES DA LIBERDADE:
• 1ª Mesa: Joaquim Nabuco e os Abolicionistas Naiano (sexta-feira)
• 2ª Mesa: João de Obá e outras celebrações do 13 de maio (sábado / manhã)
• 3ª Mesa: 13 de maio, Quilombo dos Palmares e outros sonhos de liberdade (sábado / tarde) Teatro Dona Canô.
A Equipe do PAPOINFORMAL estará representada no evento. Não perca!
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