Substituir o material não biodegradável que o adepto irá utilizar nas oferendas que serão entregues nos ambientes naturais, por um material que seja biodegradável, é respeitar a morada das divindades, conceito mais africano do que esse seria impossível. É o vidro que deve voltar sem deixar que a bebida oferecida fique ali, onde o adepto arriou, é deixar que o alimento também fique ali de forma que não deixe futuros cacos de louça, de vidro, que possam oferecer algum risco aos humanos e aos animais que por ali transitarem; e qual o porque de se oferecer um tecido artificial quando há condição de se oferecer um que seja 100% natural? Mas para isso é preciso consultar às divindades, ou mesmo basear-se em um conhecimento ancestral passado por gerações.
É necessário saber se a folha ou o fruto empregado (por exemplo uma cabaça, um coité, ou uma cuia de coco) na oferenda será bem aceito, é fundamental saber para proceder. De uma formal geral existem vários tipos de folhas empregadas para conter alimentos, mas cada uma tem uma finalidade, são empregadas especificamente, para cada caso, para cada divindade, para cada kpoli (odu, Du, signo do Ifá). Existe também a questão regional da existência da folha e ter que substituir por outra, aqui a consulta é fundamental, e isso ocorreu com a vinda do culto do oeste africano para as Américas, como no Brasil, e de uma região para outra há diferenças biogeográficas.
Houin (folha de huim, Pêssego -da-Guiné). | |