É muito comum certas populações ao redor do mundo terem um cardápio, para nós, de costumes e hábitos diferentes, um tanto assustador, observamos esse fato, na China, na Coréia do Sul, e em muitos países africanos, como na Nigéria e no Benin em certas localidades.
Os árabes introduziram inúmeros vegetais, especiarias, animais e metodologias no norte e oeste africano, depois deles foi a vez do colono europeu. Então nos perguntamos, qual seria o cardápio nessa região do continente antes da presença árabe?
É sabido que o produto do plantio é agradecido às divindades na colheitas desses povos e são épocas de festejo, muitos grãos, frutos e legumes são próprios da região, mas a maioria dos animais que foram introduzidos no solo africano, não são de selva ou de savana.
O que é muito importante, para nós de religiosidade afrodescendente é compreendermos que esses povos oferecem para suas divindades o que é comum em seu território, assim vemos o oferecimento de cães, gatos, ratos, sapos e outros animais em sacrifícios ritualístico e banquetes de festejos.
No Brasil, como certos animais não fazem parte do cardápio do brasileiro, esses hábitos não penetraram. Às divindades são oferecidos o que há de melhor no cardápio de cada povo, em forma de agradecimento pela comida, pela colheita, por um evento ou como um pedido de proteção na vida, ou de prosperidade (oferecimento de frutas). Só não devemos oferecer o que não faz relação com a divindade ou lhe é um interdito, ou do que não gostamos, ou não nos apraz, seria um gesto desprezívo, um pensamento comum, tanto na África, quanto na diáspora.