domingo, 14 de março de 2010

Egito Antigo e Vodum.

Esfinge e pirâmide em Gizeh.

O homem primitivo (cró-magnon - dos achados pré-históricos mais antigos de Homo-sapiens) foi quem começou a praticar culto ao vodum; em seus funerais foram encontrados objetos ritualísticos, causa de uma crença na vida após a morte. Este homem como é sabido habitou o norte do continente africano e evoluiu à partir dali. Na África também está o Egito, a civilização mais antiga, sim civilização, o que a caracteriza é possuir uma escrita, uma forma de registro da memória de um povo, diferente dos griots de muitos povos africanos que assim procedem oralmente. O Egito por muito tempo, e talvez desde Napoleão, foi objeto de pesquisa e ensino na educação mundial como referência de África, por décadas e décadas, para se falar em África, obrigatoriamente tinha que se falar em Egito, suas pirâmides colossais, seus faraós, e o Rio Nilo... E a África Negra onde ficava? Em uma época mais recente, simplesmente resumida a temas locais que tratavam sobre a escravidão negra e ao molde do país onde o tema era abordado com os alunos em sala de aula.

Bem, a civilização é caracterizada pelo registro escrito, no caso do Egito, hieroglifos, pequenos desenhos que simbolizam sons, estados, ações, etc. Isso não quer dizer que seja a fonte de vida humana na África, pois podem ser colaterais de povos não manifestaram suas memórias em hieroglifos, e sim oralmente por griots como tradição, ainda que fizessem uso de uma forma escrita ou não. O que favoreceu a cultura egípcia foi a permanência, e por milênios, de sua cultura no local até os dias atuais, prova de resistência às guerras e de atividades agrícolas e pastoris adequadas aos tipos de solo e variações climáticas, portanto, não tendo de migrar.

A realidade é que a História do Negro na África há pouco tempo é que vem sendo desenvolvida, e os afrodescendentes, principalmente do Novo Mundo são os ouvidos que mais buscam pelas informações que dependem da pesquisa, e os programas de educação tem incluído o tema em diversos currículos. É importante mostrar que a África é -também- o Egito, e não somente o Egito, desta forma estaremos lançando além de cultura, créditos que incentivarão a futuros pesquisadores do tema. Viva Mãe África!

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