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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Feijoada de Ogum ou Feijão de Ogum?

Feijoada... Delicioso prato, tipicamente brasileiro do Estado do Rio de Janeiro, surgiu nas senzalas das antigas fazendas da época do Rasil colonial e do Brasil Império, do plantio e o processamento da cana-de-açúcar ao ciclo cafeeiro presente no sul do Estado, hoje compondo a rota turística do café.

As partes do porco que não eram consumidas pelo senhor do escravo, lhe era destinada e este cozinhava estas partes com o feijão típico da época, se ainda não o é, o feijão preto, e por final temperava-se tudo muito bem, ao gosto de quem cozinha. Outras carnes como a carne seca de boi, linguiças de boi, de porco ou mistas também participavam dessa mistura tão saborosa.

Como é sabido o feijão preto é oferecido a Sakpata, estes grãos representam uma doença que é a erisipela. O hábito de se oferecer feijão a Gun/Ogu (Ogum) vem dos iorubás, só que bem há poucas décadas não existia feijão preto na Nigéria, só no antigo Daomé. O feijão que era e ainda é oferecido para Ogum é o feijão vermelho.

Quando o escravizado chegou no Brasil percebeu que não havia feijão vermelho -hoje o temos em abundância- e substituiu esse feijão pelo feijão mulatinho. O simples feijão cozido e regado com dendê era prato de Ogum, assim faziam os iorubás, os nagôs, os Jejes e outros povos que cultuavam este orixá, este vodum.

O que acontece é que não se deve acrescentar carne seca ou seca e salgada de qualquer animal ao feijão de Ogum, pelo fato que é (ewó/bekó) interdito deste vodum, ele é dono do obé, do agiriké. Se quiser acrescer seu feijão use partes sempre frescas e cortadas em pedaços, mas não use feijão preto. Na realidade as pessoas confundem o Feijão de Ogum com a tradicional feijoada brasileira.



quarta-feira, 24 de julho de 2024

Nomes e Formas de Nascimento.

A forma pela qual uma criança vem ao mundo é muito importante para se saber sobre seu futuro, se veio para desempenhar uma função religiosa, sobre a sua ligação com voduns, com antepassados, etc.

Essas crianças recebem denominações específicas para meninos e para meninas de acordo com seu nascimento.

Quando um bebê vem ao mundo pelos pés ou em uma posição de culatra ele é denominado agossu, se for uma menina é agossi;

Quando a gestante pari fazendo um percurso, a caminho de algum lugar se torna a mãe de um alihonu;

Quando a criança nasce com o cordão umbilical circundando o pescoço e a mão denomina-se bossu ou bojrenu, bossá se for menina; 

Quando o cordão umbilical não circunda o pescoço, somente a mão, temos um bokó, quando menina uma bokossá;

Quando a criança nasce ao meio-dia em ponto temos um huessu;

Quando há perca de líquido em excesso ou mesmo de sangue no parto denomina-se a criança de tossu, se for uma menina tossi;

Quando a criança nasce com a face voltada para o alto, para o céu, é chamada uensu, se for menina uensi;

Quando a criança nasce empelicada é um ussu, se for uma menina umé;

Quando nasce à noite, ou ainda escuro, é denominado zansu, a menina zansi. Tanto uensu/uensi, quanto zansu/zansi são as formas mais comuns de nascimento.

Se nasce no momento em que há um temporal no local com chuva e raios, é um zossu, se for menina é uma zossi.




sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Zinkpo Jandeme de Adandozan Virou Cinzas.

O zinkpò jandemè (trono), a bengala e o par de sandálias do Rei Adandozan que quando destronado foi enviado ao Brasil para Dom João VI pelo Rei Ghezo (Guezô), queimou no incêndio do Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro. Uma réplica do zinkpò foi feita por um estudante da UFRJ.

Trono original de Adandozan