Feijão é um alimento muito saboroso e dependendo de qual feijão pode apresentar diferentes constituintes nutritivos, contudo antes de se cozinhar o feijão ele deve ficar de molho para amolecer os grãos e liberar o gás metano. Deve ser muito bem cozido em seu preparo evitando assim um excesso de flatulência em quem ingere o prato preparado com feijão. Uns ficam macios em poucas horas de molho na água, como o feijão fradinho e outros mais duros que necessitam de mais horas de molho.
Xangô adora o seu gbegiri (sopa de feijão fradinho) acompanhado do ebá, que são os bolinhos de farinha, que dependendo do kpoli (Du, odu) não deve ser moldado com os dedos para fazer o rostinho na massa. É bom lembrar que Xangô é um Egun e que voltou da morte, e que o feijão fradinho é um dos feijões brancos da Iorubalândia, assim como o da variedade Branco de Sokoto e que com ele são feitos diversos pratos além do acarajé (akara) e do abará (massa do acarajé envolta em folhas de bananeira e cozida no bafo da panela)
Ogum gosta do seu feijão vermelho, o que décadas atrás não era muito fácil de ser encontrado nos mercados do Brasil, e muitos substituiam pelo feijão mulatinho, ou até mesmo pelo preto, e o preto também não havia na Iorubalândia, mas no Daomé, e se preparava com ele pratos para Sakpatá. Os sakpatassis (vodunsis de Sakpatá) não comem do feijão preto durante seus preceitos de resguardo porque representa a erisipela.
Niébé (niebê), Abôbô (abobó), Vèyi (vé-í), Koki, Benga, hummm... É tudo feijão!
Feijão vermelho (de Ogum) |
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